Descubra mais sobre o meu processo de redescoberta da minha beleza natural, de quem eu sou na minha essência.
Quando falo sobre Transição Capilar é inevitável não me lembrar que foi o resgate da minha identidade e do meu empoderamento como mulher negra, é por isso que escolhi falar um pouquinho sobre esse assunto e compartilhar a minha história com você.
Tudo começou quando ainda era criança … sempre estudei em escolas particulares e é claro que nesse ambiente a maioria absoluta era de pessoas brancas e de “cabelo bom”, que é como normalmente chamamos os cabelos lisos.
Lembro poucas coisas tristes da minha infância, mas infelizmente isso não se aplica aos episódios que se referem ao meu cabelo, eu definitivamente não gostava do dele. Sei o quanto isso destruía a minha mãe e ela, certamente na tentativa de acabar com a minha dor, alisou meu cabelo para que eu me sentisse parte “daquele meio”, para que eu fosse “aceita”.
Durante anos achava que estava sendo “aceita”, mas no meu coração sempre senti que faltava alguma coisa, mas diante da possibilidade de sofrer qualquer segregação racial (que existe sim) eu fui levando … os anos foram passando … fui crescendo e passei a cuidar eu mesma do meu cabelo.
Já adulta comecei a frequentar alguns lugares onde tinham muitos negros, com cabelos crespos, totalmente naturais, maravilhosos, cheios de atitude, com a autoestima lá nas alturas e essa convivência me despertou uma admiração e alguns questionamentos e foi quando entendi que a tal “aceitação” que sempre achei fosse com relação a sociedade, era com relação a mim mesma.
Comecei a tentar resgatar como era o meu cabelo natural e sinceramente, eu não me lembrava mais, tinha usado química por tantos anos que não sabia mais como ele era.
Fiquei assustada e muito triste com essa constatação e entrei no processo de aceitação para iniciar minha Transição Capilar, porque sim, é uma decisão difícil, íntima e muito particular. A transição não é apenas capilar, ela é emocional.
Segundo a Terapeuta Capilar Naturalista Paula Breder:
“Mas um movimento surgiu e, como um trabalho de formiguinha, foi ganhando espaço e adeptos. Mais e mais mulheres se encantavam com a possibilidade de se reconhecerem na multidão.
A transição, quando surgiu, veio como meio para qual se obtém o que se espera, mas hoje vemos algo diferente. No Brasil, a transição aparece como um fim em si mesmo. A relação da mulher brasileira com o cabelo é algo único, peculiar, e não podemos ignorar isso.
A mulher brasileira trata o cabelo como a extensão de alguma parte do corpo e muitas – na verdade, a grande maioria – entendem o corte como uma mutilação. Com isso, a transição vira um fim, uma forma de viver, e deixa de ser apenas um processo. “
Fiquei na Transição Capilar durante 4 meses e um belo dia tomei a tão difícil, porém certa e segura decisão de fazer o Big Chop, que foi cortar toda a química do meu cabelo. Nesse momento a “mágica” aconteceu e foi um mix de sentimentos, ansiedade, expectativa, medo, mas o que prevaleceu foi a alegria, a felicidade de me reencontrar, de me reconhecer. Meu rosto expressou um lindo sorriso, minha autoestima foi potencializada e finalmente eu me aceitei.
Bem, essa é a minha história, essa foi a minha Jornada de Autoconhecimento, com as minhas verdades, os meus medos, as minhas vulnerabilidades e fragilidades, mas essa não é a verdade absoluta, afinal como comecei falando, para mim foi o resgate da minha identidade e como cada um tem a sua, você tem que procurar o que te faz feliz, o que te faz ser você mesma.
Para mim, a Consultoria de Imagem tem a ver com esse resgate, pois ela é uma transformação de dentro para fora e nela mergulhamos juntas na sua Jornada do Autoconhecimento, e estou compartilhando isso com você para lhe empoderar a se tornar a Melhor Versão de si mesma a cada dia.
Seja Você Mesma com o que te faz Feliz!!
Vamos juntas?