
Foi quando entendi que a tal “aceitação” que sempre achei que fosse com relação à sociedade, era com relação a mim mesma. Comecei a tentar resgatar como era o meu cabelo natural e, sinceramente, eu nem me lembrava mais como ele era. Tinha usado química por tantos anos que não sabia mais como ele era naturalmente. Fiquei assustada e muito triste com essa constatação e entrei no processo de “aceitação” para iniciar minha Transição Capilar, porque, sim, é uma decisão difícil, íntima e muito particular. “A transição não é apenas capilar, ela é emocional!” (Paula Breder). Em 2015 estava decidida a fazer esse resgate da minha identidade, das minhas origens e foi ai que iniciei minha Jornada do Autoconhecimento, foi ai que entendi que é sobre mim e não sobre os outros. Encarei minhas verdades, os meus medos, as minhas vulnerabilidades e fragilidades e de forma muito certa e segura, tomei a decisão de fazer o Big Chop, que é o ato de cortar o resto do meu cabelo que ainda tinha química de alisamento.